Após uma grande operação da Ucrania com drones que atacou bases aéreas russas, a Ucrânia acusa a Rússia de lançar novos ataques aéreos contra Kiev e outras regiões do país. A escalada aumentou quanto a possibilidade de uma retaliação direta pela capital da Russia/Moscou.

Bombardeios atingem a capital e regiões próximas

Na madrugada desta quarta-feira, a Força Aérea da Ucrânia informou que mísseis de cruzeiro russos entraram pelo norte, passando pela região de Chernihiv em direção a Kiev. O alerta de ataque aéreo foi acionado em todo o território ucraniano.

O Kyiv Independent um jornal da Ucriania relatou que drones atingiram diversos bairros da capital. Pelo menos três prédios residenciais e uma escola foram danificados. Apesar do impacto, não há confirmação de vítimas, mas algumas áreas da cidade ficaram sem energia elétrica, de acordo com Tymur Tkachenko, chefe da administração militar de Kiev.

Conforme Vitali Klitschko, prefeito da capital ucraniana, solicitou que os moradores permaneçam em abrigos e sigam as orientações de segurança.

Aumento de ataques preocupa população

Nas últimas semanas, Kiev e outras cidades ucranianas vêm sendo alvos frequentes de mísseis e drones russos, o que tem causado dezenas de mortes e sérios danos em estruturas civis e militares.

A tensão aumentou ainda mais no último fim de semana, quando a Ucrânia lançou uma ofensiva com centenas de drones, atingindo pelo menos cinco bases militares em território russo — algumas localizadas a milhares de quilômetros da fronteira, incluindo regiões no Ártico e na Sibéria. Segundo autoridades ucranianas, várias aeronaves de combate russas foram destruídas nessa operação.

Putin sinaliza resposta, mas sem detalhes

Na terça-feira, o presidente russo, Vladimir Putin, falou por telefone com o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, e afirmou que “teria que responder” à ação da Ucrânia. No entanto, o Kremlin não revelou que tipo de resposta está sendo planejada.

Especialistas e aliados de linha dura do governo russo chegaram a sugerir o uso de armamento nuclear, uma ameaça que circula desde o início da guerra, há três anos. Até agora, não há nenhum indício concreto de que Moscou vá seguir esse caminho.

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