Poucos dias após a Moody’s ajustar a perspectiva do Brasil de positiva para estável, a S&P Global Ratings também decidiu manter a nota de crédito do país em ‘BB’, com perspectiva estável, segundo comunicado divulgado nesta quinta-feira (5). A decisão indica que, na visão da agência, não há previsão de mudanças significativas na classificação de risco do Brasil nos próximos dois anos.

Nota atual segue dois níveis abaixo do grau de investimento

Atualmente, o Brasil está dois degraus abaixo do selo de bom pagador, conhecido como grau de investimento, de acordo com os critérios da S&P. A nota anterior, ‘BB-’, havia sido elevada para ‘BB’ em dezembro de 2023, após a aprovação da reforma tributária no Congresso Nacional — fator considerado positivo para o equilíbrio fiscal e o ambiente econômico.

Apesar da expectativa do governo de reconquistar o grau de investimento até o fim do terceiro mandato de Lula, a manutenção da nota indica que o país ainda precisa avançar em estabilidade e responsabilidade fiscal para atingir esse objetivo.

Próximo passo: BB+, mas o selo de bom pagador ainda está distante

O próximo degrau na escala da S&P é o ‘BB+’, que já classifica um país como de boa qualidade, embora ainda com algum risco especulativo. Acima disso, estão os níveis que caracterizam o grau de investimento, divididos em cinco faixas:

  • BBB-: Boa qualidade, mas com menor margem de segurança;
  • BBB: Boa qualidade consolidada;
  • A: Alta qualidade;
  • AA: Qualidade muito alta;
  • AAA: Qualidade máxima, com risco de crédito mínimo.

Outras agências seguem avaliação semelhante

Além da S&P e da Moody’s, a agência Fitch também mantém a nota do Brasil em ‘BB’ com perspectiva estável. Essa classificação foi confirmada em junho de 2023, reforçando a visão das principais agências de que o Brasil precisa consolidar avanços fiscais e institucionais para recuperar o status de investimento seguro.

plugins premium WordPress