Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi o mandatário brasileiro que mais realizou viagens diplomáticas enquanto Bolsonaro foi o que menos viajou.
Foram 139 viagens internacionais para 80 países, além de Antártida, Guiana Francesa e Palestina nos dois primeiros mandatos (2003-2010). Ainda antes do início do terceiro mandato, em 2023, Lula participou da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudança Climáticas – a COP27 3. Em 2024, o presidente retomou as viagens internacionais com visitas ao Egito e à Etiópia.
Já o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) é o presidente brasileiro que menos viajou para fora do Brasil desde a redemocratização do Brasil. Ele evitou destinos tradicionais de seus antecessores, como a América Latina, por exemplo, e viajou mais a países do Oriente Médio e aos Estados Unidos.
Ele se tornou o primeiro chefe de Estado do Brasil a não viajar à América Central desde Itamar Franco, em 1995, e o primeiro a não ir à África desde Ernesto Geisel, em 1979.
De acordo com dados do Portal da Transparência, foram gastos com viagens diplomáticas nos últimos anos:
- 2024: R$ 28,9 Mi (até 14 de fevereiro)
- 2023: R$ 2,1 Bi
- 2022: R$ 1,5 Bi
- 2021: R$ 787,4 Mi
- 2020: R$ 546,1 Mi
Jair Bolsonaro (PL), durante o mandato, bateu três vezes o recorde anual de viagens oficiais à Arábia Saudita. Em 2019, foram realizadas 82 viagens, que custaram ao governo R$ 1,5 milhão. No ano seguinte, em 2020, foram R$ 423 mil gastos em 23 viagens. Em 2021, seis viagens tiveram custo de R$ 122 mil. Já em 2022, foram 40 viagens que custaram R$ 1 milhão.
Em setembro de 2023, o Palácio do Planalto teve que emitir uma nota à imprensa justificando os quase R$ 8 milhões de gastos com o cartão corporativo do presidente Lula. O comunicado informou que os altos valores são referentes à “intensa agenda internacional” de Lula, que trouxe ao Brasil mais de R$ 110 bilhões em novos investimentos.
O cartão de Lula somou quase R$ 8 milhões. Bolsonaro, no mesmo período, R$ 5,3; Temer R$ 3,8 milhões e Dilma registrou R$ 4,9 milhões. Especialistas políticos brasileiros justificam as viagens de Lula por dois motivos: a necessidade de reposicionar o Brasil no cenário internacional após a gestão de Bolsonaro e o perfil do presidente Lula, que demonstra mais interesse na política externa que alguns de seus antecessores.