O Banco Central Europeu (BCE) tomou uma decisão importante ao reduzir as taxas de juros em 0,25 ponto percentual, marcando a primeira diminuição desde Setembro de 2019. Essa medida era amplamente esperada pelos investidores e reflete a preocupação com a desaceleração da inflação na União Europeia.
A taxa de referência agora está em 3,75%, enquanto a taxa de refinanciamento ficou em 4,25% ao ano e a taxa de empréstimos em 4,5%. O BCE também anunciou que reduzirá gradualmente o portfólio de ativos ligados ao programa de compras emergenciais da pandemia, com um corte médio de 7,5 bilhões de euros por mês no segundo semestre de 2024, antes de encerrar completamente os investimentos até o final do ano.
É interessante notar que o BCE adotou uma postura cautelosa, não prometendo um ciclo prolongado de cortes de juros. As decisões serão tomadas a cada reunião, sem compromissos firmes quanto à trajetória futura das taxas. A presidente do BCE, Christine Lagarde, destacou que a política monetária deve exercer menos pressão sobre a demanda com o tempo, mas enfatizou que a zona do euro ainda enfrenta restrições monetárias.
Essa mudança de curso do BCE ocorre em um momento em que o Federal Reserve dos Estados Unidos (Fed) aguarda sinais mais claros de controle da inflação antes de seguir uma trajetória semelhante. Os rendimentos dos títulos europeus também reagiram, com taxas de juros em alta após o anúncio. O cenário econômico global continua a evoluir, e os investidores estarão atentos às próximas decisões do BCE para entender como a política monetária se adaptará às mudanças nas condições econômicas.